Nova entidade reúne, inicialmente, 45 grandes empresas dos dois países
O Conselho Empresarial Brasil-China, cuja criação será formalizada diante dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hu Jintao, vai realizar pesquisas e gestões perante os dois governos para tentar incrementar os negócios entre os países. Inicialmente com 21 grandes empresas brasileiras e 24 chinesas, somando cerca de US$ 500 bilhões em ativos e US$ 100 bilhões em faturamento, o conselho vai depois se ampliar para incluir médias empresas. “Há entre 15 e 20 empresas pedindo para entrar de cada lado”, conta Renato Amorim, secretário-executivo da entidade.
Segundo ele, o Conselho não vai funcionar como “balcão de negócios”, oferecendo assessoria para as empresas, como fazem as Câmaras de Comércio. “O Conselho vai investigar e identificar gargalos e deficiências estruturais que afetam o comércio”, explica Amorim. “Teremos demandas muito concretas para apresentar aos dois governos, como um acordo de proteção dos investimentos e créditos para exportações”, exemplifica.
A entidade reunirá, também, “inteligência comercial” para seus associados, fonrnecendo análises sobre a economia e o mercado dos dois países. Do lado chinês, o conselho será dirigido por Miao Gengshu, presidente da companhia de mineração Minmetals; do lado brasileiro, por Roger Agnelli, da Companhia Vale do Rio Doce. Em Pequim, ele funcionará na sede do Ministério do Comércio, criando, segundo Amorim, um canal direto entre as empresas e o governo chinês.
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