Negócios estão semiparalisados, enquanto se espera a estabilização do real.
As previsões catastrofistas do empresariado argentino diante da desvalorização do real não estão sendo confirmadas pelos números.
Até agora, em vez da propalada “avalanche” de produtos brasileiros, a inspeção pré-embarque de importações registra o contrário: diminuição das compras da maior parte da pauta, incluindo produtos que, segundo as previsões, seriam os mais afetados.
Dos 97 produtos controlados pelo programa de inspeção, só sete tiveram aumento de importação em janeiro e nos nove primeiros dias de fevereiro, comparando com o mesmo período de 98. No setor automotivo, tido como o mais sensível, as importações somaram US$ 19 milhões em janeiro, ante US$ 46 milhões no mesmo mês de 98. Também caiu a importação de frango, leite, frutas, café, fibras sintéticas, têxteis e calçados.
Segundo fontes brasileiras em Buenos Aires, os negócios estão semiparalisados, à espera da estabilização do câmbio. As empresas que controlam as importações já estão preocupadas com a perda de faturamento.
