Nome se espalhou pelo mundo a partir do século 16, quando portugueses se instalaram em Macau
PEQUIM – Ao se instalarem em Macau, no fim do século 16, os portugueses se tornaram intérpretes ocidentais da cultura e da língua chinesas. Foram eles que batizaram de “mandarim” o idioma falado pela corte na Dinastia Ming, por ser a língua dos que mandavam. Pelos próprios chineses, o idioma é chamado de putonghua, ou “língua comum”.
Também foram eles que fizeram a primeira transliteração, em alfabeto latino, dos nomes chineses. Para os ouvidos portugueses, “Beijing”, que significa “capital do norte”, soou como “Pequim”. De fato, o “b” e o “p” são fronteiras cinzentas na fonética dos chineses. O nome Pequim, ou Pékin, ou Peking, espalhou-se pela Europa.
Em 1949, o regime comunista instalado com a revolução oficializou a grafia Beijing, adotada pelos países de língua inglesa. Até hoje, no entanto, a palavra Pequim e suas variações são usadas pelos países de língua portuguesa, espanhola, francesa, italiana e alemã. E se conserva até mesmo na China, nos nomes tradicionais de hotéis, restaurantes e do aeroporto da cidade.
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