Entre objetivos está redução pela metade dos que ganham menos de US$ 1 por dia
JOHANNESBURG – São dez capítulos e 148 parágrafos em cerca de 70 páginas. O Plano de Implementação, principal documento aprovado ontem no encerramento da Cúpula Mundial, a Rio +10, traz os objetivos a serem alcançados pelos 190 países signatários, que se comprometem a colaborar com o desenvolvimento sustentável, tendo como base progresso econômico, justiça social e proteção do meio ambiente.
Entre os principais objetivos acordados (veja gráfico nesta página), estão a redução pela metade do número de pessoas que ganham menos de US$ 1 por dia, a “redução considerável” do ritmo de extinção de espécies animais e vegetais, e um “significativo incremento” das energias renováveis, o que deve ocorrer “urgentemente”.
Para o presidente sul-africano, Thabo Mbeki, que presidiu as sessões plenárias dos 109 chefes de Estado e de governo, as Nações Unidas precisam criar mecanismos para “garantir que os países façam o que concordaram em fazer”. O presidente pediu às organizações não governamentais que, “mesmo que estejam desapontadas, pressionem pela implementação” das metas adotadas. “É preciso mudar a atmosfera nos países cujos governos possam estar recalcitrantes”, disse.
“Os países não são legalmente obrigados a cumprir esses compromissos”, reconheceu Everton Vargas, diretor-geral do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Itamaraty. “Mas eles criam uma responsabilidade política e moral.”
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