Evo garante a Amorim a suspensão do confisco

Chanceler e o presidente boliviano se encontraram na cúpula dos não-alinhados, em Cuba

 

HAVANA – O chanceler Celso Amorim recebeu ontem do presidente da Bolívia, Evo Morales, a garantia de que foi ‘congelado’ o efeito da resolução que expropriou as refinarias da Petrobrás em território boliviano. ‘Manifestei a preocupação do governo brasileiro com a medida, embora já soubesse que ela havia sido suspensa’, disse Amorim ao Estado. ‘Ele reiterou a suspensão.’

O chanceler brasileiro, que participou em Cuba da reunião dos países do G-15, paralelamente à Cúpula dos Países Não-Alinhados, disse que não perguntou ao presidente boliviano sobre o motivo do anúncio da polêmica medida e posterior congelamento dos seus efeitos. ‘Não cabe a mim fazer essa pergunta em uma conversa rápida, mas externei a preocupação do governo brasileiro.’

Segundo Amorim, Evo Morales disse que quer continuar a negociar com o Brasil e garantiu que ‘a nacionalização não pode ser confundida com medida confiscatória’. O presidente boliviano acrescentou que a suspensão dos efeitos da resolução foi uma medida soberana para facilitar a negociação.

A resolução do governo boliviano, decidida na terça-feira, transformou a Petrobrás em simples prestadora de serviços no refino de petróleo.


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