Teatro ajuda a obter emprego

Patrícia terminou o ensino médio em 2005 numa escola estadual da Vila Maria, na zona norte de São Paulo. “Não dava para estudar”, recorda ela. 

 

“Os professores tinham medo dos alunos e faltavam mais do que davam aula.” Quando terminou, estava grávida de sua filha Luísa.

Há um ano e meio, sua idéia era trabalhar em um salão de beleza para complementar a renda do marido, Flávio, que ganha R$ 500 numa fábrica de manequins. Um dia, dormia na edícula onde mora no fundo da casa de sua avó, que trabalha como empregada doméstica, quando sua prima chegou com um folheto sobre vagas numa empresa de telemarketing.

Patrícia fez a seleção e passou, graças, segundo ela, a sua capacidade de expressão. Antes uma garota tímida, ela desenvolveu essa capacidade num curso de teatro que fez com voluntários na escola municipal em que estudou entre a 4.ª e a 8.ª séries.

Com salário e comissões, que somam R$ 900, ela paga a mensalidade de R$ 380 de um curso profissionalizante de gestão de recursos humanos. Aos 20 anos, Patrícia planeja iniciar em 2010 um curso superior na mesma área. A firma pagará metade. 


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