A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) apontou ontem dois “perigos” que a reforma constitucional, que será submetida a referendo no dia 2, representa para a liberdade de expressão na Venezuela.
CARACAS
Ao fim de uma missão de três dias no país, o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa da SIP, Gonzalo Marroquín, declarou que a proposta “contempla que nos estados de exceção pode-se eliminar completamente o direito de informar”.
Outro risco, na sua opinião, são as mudanças nas leis de propriedade privada, que poderiam consolidar práticas como o confisco dos equipamentos de transmissão da RCTV, cuja licença não foi renovada, e sua transferência para a TVES, a emissora estatal que assumiu o seu lugar.
O ministro da Comunicação e da Informação, Willian Lara, reagiu dizendo que, “ao contrário das adulações” do que ele chamou de “Sociedade Interamericana de Exploradores de Jornalistas”, a reforma constitucional “expande a liberdade de expressão”.