US$ 4,2 milhões serão pagos pela organização; restante é custeado pelos participantes
PORTO ALEGRE – A coordenação do Fórum Social Mundial estima que o evento vá custar este ano US$ 23,485 milhões – US$ 6 milhões a mais do que em 2002. Desse montante, US$ 19,2 milhões são despesas pagas diretamente pelos participantes – em passagens, hospedagem, refeições, material, etc. Os outros US$ 4,285 milhões serão custeados pela organização do evento. Os recursos para isso vêm de doações, de patrocínios, da taxa de inscrição paga pelos delegados e das verbas de US$ 550 mil do governo estadual e US$ 50 mil da prefeitura.
“Falam que dependemos do governo. Esses números mostram que os principais financiadores do Fórum são os próprios participantes”, disse Cândido Grzybowski, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e um dos coordenadores do evento. A receita proveniente da taxa de inscrição soma US$ 800 mil. Os estrangeiros pagam US$ 50 pelo primeiro inscrito e US$ 25 para cada um dos restantes de um grupo; os brasileiros, R$ 140 e R$ 70, respectivamente.
Os recursos do Secretariado Nacional do Fórum têm a seguinte origem: US$ 500 mil da Fundação Ford; 400 mil da agência católica Oxfam Internacional, com sede na Inglaterra; US$ 400 mil de patrocínio (R$ 850 mil da Petrobrás e R$ 464 mil do Banco do Brasil); US$ 291 mil de saldo do ano passado, quando vieram mais participantes do que o esperado, e a receita superou a estimativa de gastos; US$ 78 mil de pagamentos de serviços; US$ 50 mil da Action Aid; US$ 40 mil da agência evangélica alemã EZE/EED; US$ 25 mil da Misereor; US$ 20 mil da agência católica francesa CCFD; US$ 14 mil da Heinrich Boll; US$ 10 mil do Cafod e US$ 10 mil da Oxfam belga.
Na diferença entre gastos e receita, ainda faltam quase US$ 247 mil para cobrir os gastos. A maior despesa é com a infra-estrutura do evento: US$ 1,310 milhão. Outros gastos são: US$ 483 mil com comunicações; US$ 158 mil de manutenção do secretariado e US$ 376 mil de assistência; US$ 317 mil de custos administrativos; US$ 371 mil de eventos especiais; US$ 170 mil de planejamento e coordenação; US$ 140 mil para os encontros regionais e de articulação; e US$ 163 mil de documentação e publicação.