A Autoridade Palestina reuniu ontem o corpo diplomático em Ramallah para defender a legitimidade do novo governo de emergência
RAMALLAH – Nasser al-Qudua, ex-ministro das Relações Exteriores e sobrinho do líder Yasser Arafat, morto em 2004, falou em nome do governo. O Ministério das Relações Exteriores é acumulado pelo assoberbado primeiro-ministro Salam Fayyad, também responsável pelo das Finanças.
Al-Qudua explicou que, pela Constituição palestina, sob estado de emergência um governo nomeado pelo presidente pode assumir por 30 dias sem aprovação do Parlamento. Se, nesse período, o Parlamento não se reunir, o governo pode ficar por mais 30. Al-Qudua insinuou que o Parlamento – no qual o Hamas tem maioria absoluta – não terá como se reunir nesse prazo.
O Brasil esteve representado pelo diplomata Paulo Uchoa, primeiro-secretário da embaixada em Beirute. Uchoa chefia interinamente a representação do Brasil perante a AP. O embaixador Arnaldo Carrilho aposentou-se há uma semana e a ministra-conselheira Rosimar Suzano ficará no cargo até a nomeação de um novo chefe do escritório, que deve chegar na primeira semana de julho.
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